A Câmara Municipal aprovou por unanimidade a Moção de Apelo nº 01/2025, em defesa dos produtores de leite. O documento pede regulamentação clara dos preços e combate à importação de leite em pó reidratado, considerada uma das principais causas da queda no valor pago ao produtor.
O debate local também reflete a crise nacional do setor leiteiro, que em setembro de 2025 enfrenta queda acentuada nos preços pagos ao produtor, pressionados pela alta oferta interna, pelo aumento das importações de leite em pó e por uma demanda estagnada de derivados. Segundo dados de mercado, o litro pago ao produtor caiu para cerca de R$ 2,60, enquanto as indústrias seguem repassando valores mais altos ao consumidor final. Esse cenário, somado à insegurança de renda no campo, reforça a urgência de medidas legislativas que assegurem previsibilidade e valorização da cadeia leiteira.
O ex-prefeito de Quedas do Iguaçu Edson “Jacaré” Prado apresentou projetos em tramitação na Assembleia Legislativa para criar preço de referência e proibir a reidratação. O produtor e técnico agrícola Edemar Roos reforçou denúncias de “cartéis” e lembrou que o leite sustenta milhares de empregos diretos e indiretos.
Ao final, os parlamentares se comprometeram a pressionar seus deputados parceiros para aprovar as medidas. O Vice- presidente da Câmara, Moacir Costa e Silva, destacou que o leite é a principal força econômica de São Jorge D’Oeste, movimentando mais de R$ 120 milhões em 2023/2024.
Foto: Momento em que o produtor e técnico agrícola Edemar Roos usava a tribuna e explanava sobre a crise
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