Um crime chocante mobilizou equipes de segurança e saúde no interior do município de Francisco Beltrão no início da noite desta sexta-feira (27). Um adolescente de 13 anos foi apreendido após atirar contra os próprios avós na Linha Seção Progresso. O ataque resultou na morte da avó, de 64 anos, e deixou o avô gravemente ferido.
De acordo com informações repassadas pelo delegado Ricardo Moraes Faria dos Santos, chefe da 19ª Subdivisão Policial, o adolescente residia com os avós desde a morte da mãe, quando ele tinha apenas 7 anos. O pai mora em outro estado. Na tarde do crime, o menor teria se revoltado após os avós tomarem o celular como forma de punição pelo acesso a conteúdos inadequados para sua idade.
Segundo o relato policial, o adolescente chegou à residência, arrombou um baú que guardava um revólver calibre .357 registrado em nome do tio – que estava ausente por motivo de trabalho – e se dirigiu ao quarto onde o avô repousava. Ele efetuou um disparo que atingiu as costas do idoso. Na sequência, foi até outro cômodo e desferiu cinco tiros contra a avó, atingindo principalmente o peito e o braço.
Mesmo ferido, o avô conseguiu reagir e entrar em luta corporal com o neto. Durante o confronto, conseguiu desarmá-lo. O adolescente fugiu em direção a uma área de mata próxima. Equipes do Samu, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Científica foram acionadas. A avó não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O avô foi socorrido em estado estável ao hospital.
Uma operação de cerco e buscas foi desencadeada imediatamente. Por volta das 19 horas, policiais militares localizaram o adolescente escondido na mata e o conduziram à 19ª SDP, onde foi formalmente apreendido.
O adolescente foi autuado por ato infracional análogo a homicídio qualificado consumado e tentativa de homicídio qualificado. O delegado destacou que as primeiras oitivas confirmaram que a motivação principal foi a retirada do celular pelo casal.
O inquérito está em fase avançada e os autos foram encaminhados à Vara da Infância e Juventude. O menor permanece à disposição da Justiça e será acompanhado por equipes técnicas responsáveis pela aplicação das medidas socioeducativas cabíveis.
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