Rcs FM 87,9 Mhz

São Jorge D'Oeste

MP pede cassação do prefeito e do vice de Curitiba por coação de servidores em campanha eleitoral

A ação aponta abuso de poder político e de autoridade durante a campanha municipal de 2024

MP pede cassação do prefeito e do vice de Curitiba por coação de servidores em campanha eleitoral
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando
O Ministério Público Eleitoral do Paraná protocolou nesta quinta-feira (9) um pedido de cassação dos mandatos do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), e do vice-prefeito, Paulo Martins (PL). A ação aponta abuso de poder político e de autoridade durante a campanha municipal de 2024, com base em denúncias de coação de servidores públicos para arrecadação de recursos destinados à candidatura de Pimentel.
A investigação foi impulsionada por um áudio vazado, revelado pelo portal Metrópoles, atribuído a Antônio Carlos Pires Rebello, então superintendente de Tecnologia e Informação da prefeitura. Na gravação, Rebello orienta servidores a comprarem convites no valor de R$ 3 mil para um jantar de arrecadação política, sugerindo que o pagamento fosse realizado por meio de contas de parentes, a fim de evitar identificação. Ele também teria ameaçado demitir aqueles que se recusassem a colaborar com a campanha.
Segundo o áudio, o valor serviria para "ajudar a campanha", e o método proposto seria, nas palavras dele, "melhor do que fazer caixa dois". O episódio ocorreu em setembro de 2024, às vésperas do primeiro turno das eleições.
A denúncia foi apresentada ao Ministério Público pela jornalista e ex-candidata Cristina Graeml, adversária de Pimentel, derrotada no segundo turno. A promotora eleitoral Cynthia Maria de Almeida Pierri, responsável pela manifestação, sustentou que a rápida exoneração de Rebello após a divulgação do áudio seria um "forte indício da veracidade e gravidade da conduta", representando uma admissão tácita da irregularidade por parte da administração pública.
A promotora também rejeitou o argumento das defesas, que alegam ilegalidade nas gravações por serem clandestinas. Segundo ela, os áudios são válidos como prova para o processo de investigação eleitoral.
O Ministério Público pede, além da cassação dos mandatos de Pimentel e Martins, a declaração de inelegibilidade de ambos e também do ex-prefeito Rafael Greca (PSD), que apoiou a candidatura da chapa vencedora.
Até o momento, nem os investigados nem a Prefeitura de Curitiba se pronunciaram oficialmente sobre o caso.
Comentários:

Veja também