A comunidade de São Jorge D’Oeste está recebendo um curso inédito sobre o uso popular e científico de plantas medicinais, fruto de uma parceria entre a Itaipu Binacional, a Sustentec (SUSTENTEC Produtores Associados, organização da sociedade civil fundada em 2003 no Paraná, dedicada ao desenvolvimento sustentável, agricultura familiar, agroecologia e valorização de plantas medicinais e fitoterápicos) e a Secretaria Municipal de Saúde. A iniciativa, que já havia sido realizada em municípios da região, agora chega ao município após mobilização para garantir sua inclusão no projeto, que contempla 69 cidades.
Resgate cultural e ciência em benefício da saúde
Segundo os organizadores, o curso busca resgatar o conhecimento ancestral sobre o uso das ervas, prática comum entre gerações passadas, ao mesmo tempo em que promove a atualização com base em informações técnicas. “Os medicamentos modernos têm seus princípios ativos extraídos das plantas. Por isso, é fundamental unir a tradição popular ao conhecimento científico para orientar o uso correto e seguro”, destacou a Secretária de Saúde Rozi Marmitt.
Participação comunitária
O evento reúne Agentes Comunitários de Saúde (ACS), profissionais de enfermagem, técnicos, professores, diretores de escolas e membros da comunidade em geral. A proposta é que cada participante leve o aprendizado para seu ambiente de trabalho e convívio social, multiplicando o conhecimento.
Nesta etapa, o grupo se concentra no segundo eixo do curso, que aborda o uso popular das plantas medicinais, discutindo dosagens, cultivo, secagem, armazenamento e cuidados necessários. Também haverá uma oficina prática de preparo de sal temperado.
Inserção no SUS e geração de renda
A iniciativa não se limita ao aprendizado. Os fitoterápicos produzidos no município poderão ser incorporados à rede do Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso da população a alternativas naturais de tratamento. Além disso, há previsão de investimentos da Itaipu Binacional, por meio da Sustentec, para incentivar a produção local.
Os participantes que cultivarem e colherem plantas medicinais poderão receber recursos, em um ciclo que alia saúde pública, sustentabilidade e geração de renda.
Curso presencial e online
Além dos encontros presenciais, o curso conta com suporte digital. Um grupo de WhatsApp mantém os participantes atualizados, e conteúdos complementares serão disponibilizados em plataforma online. A expectativa é de que o projeto tenha longa duração e impacto permanente no município.
FONTE/CRÉDITOS: AEN
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