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Confronto marca segunda noite da COP30 em Belém

A segurança do evento recebeu reforço imediato, e mecanismos de controle de acesso foram revistos.

Confronto marca segunda noite da COP30 em Belém
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Na noite desta Terça-Feira (11), no segundo dia da COP30, realizada na cidade de Belém, Pará, um protesto protagonizado por indígenas e ativistas gerou confronto com equipes de segurança da zona azul do evento — área restrita onde ocorrem negociações oficiais.
O que aconteceu
Segundo relatos e agências de notícias, por volta das 19h20, logo após coletiva de imprensa com balanço das atividades do dia, um grupo de manifestantes — majoritariamente de comunidades indígenas — tentou forçar a entrada na “Blue Zone”, local restrito aos credenciados.
Eles estavam armados de bastões, flechas e arco, além de bandeiras e cartazes com reivindicações como “Nossa terra não está à venda” e “Não podemos comer dinheiro”. Em reação, os seguranças da COP30 fecharam acessos, utilizaram mesas para bloquear entradas e reteram a saída de pessoas credenciadas por breve período.
Duas pessoas da segurança sofreram ferimentos leves — entre elas, um guarda foi retirado em cadeira de rodas com dores no abdômen após o confronto. A organização da conferência informou que o local já foi “totalmente assegurado” e que o processo de negociação prossegue normalmente.
As motivações do protesto
O protesto reflete um descontentamento mais amplo de comunidades indígenas que participam da COP30 sob a promessa de maior protagonismo — iniciativa reforçada pelo Brasil, que esperava reunir cerca de 3.000 indígenas no evento.
As lideranças reclamam que, apesar da presença num evento sediado na Amazônia, sua voz ainda se vê limitada nos espaços decisórios. Reivindicam demarcação de terras, fim de exploração de petróleo, mineração, madeireiras e agroindústria em seus territórios.
Impactos e repercussão
O episódio torna-se um símbolo da tensão entre a diplomacia climática oficial e as comunidades que afirmam estar à margem das conversas que mais afetam seu meio de vida.
A segurança do evento recebeu reforço imediato, e mecanismos de controle de acesso foram revistos.
Apesar do tumulto, representantes da conferência mantêm que o cronograma não será adiado ou alterado em função do incidente.
O episódio poderá alimentar relatos de que a COP30 enfrenta desafios estruturais no diálogo entre as partes envolvidas — comunidades locais, ativistas, negociadores e governos.
Próximos passos
A organização da COP30 informou que investiga o incidente em articulação com as autoridades brasileiras e o sistema de segurança da United Nations (ONU). Já as comunidades indígenas envolvidas reafirmam que o protesto apenas demonstra o grau de urgência da crise ambiental e social que enfrentam — e que, segundo elas, requer mais do que reuniões e promessas.
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