A Secretaria Municipal de Saúde de Dois Vizinhos confirmou, somente neste ano de 2025, quatro casos positivos de esporotricose em animais e um caso suspeito em humano, acendendo um sinal de alerta sobre a necessidade de prevenção e cuidados rigorosos com essa zoonose que pode acometer tanto animais quanto pessoas.
A esporotricose é uma micose considerada grave, causada pelo fungo Sporothrix, presente naturalmente no solo, na madeira e em material vegetal em decomposição. O contágio ocorre principalmente por meio de arranhões, mordidas ou contato direto com secreções de lesões em animais infectados — sobretudo gatos, que são os principais transmissores aos humanos.
De acordo com Maria Luiza Winharski, responsável pelo Departamento de Vigilância Sanitária, os casos identificados no município tiveram detecção precoce e estão sob acompanhamento clínico. “A doença tem cura, mas o tratamento é prolongado e exige disciplina no uso de medicamentos antifúngicos. O diagnóstico precoce é decisivo para evitar complicações e a disseminação da micose”, destacou a profissional.
Sintomas e formas de transmissão
Nos gatos, os sinais mais frequentes são feridas e inchaços endurecidos na região do nariz, membros e cauda. Essas lesões podem evoluir e se espalhar por todo o corpo, frequentemente acompanhadas de espirros.
Já nos humanos, a infecção costuma começar como uma lesão que se assemelha a uma picada de inseto, com vermelhidão e dor local. Progressivamente, podem surgir nódulos enfileirados na pele, caracterizando o chamado “formato de rosário”, que demanda investigação imediata.
O risco de transmissão direta de um animal contaminado ao ser humano é alto, especialmente no caso de gatos com feridas abertas, por isso o contato sem proteção deve ser evitado.
Orientações de prevenção
A Secretaria de Saúde orienta a população a adotar medidas preventivas e cuidados rigorosos:
Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como luvas, avental e óculos, ao manusear plantas, madeira, material orgânico ou animais doentes;
Limpeza frequente de ambientes com soluções de água sanitária;
Isolamento dos animais infectados em local ventilado e seguro, até que recebam alta veterinária;
Castração e manutenção de gatos dentro de casa, para reduzir o risco de contato com focos de infecção;
Nunca interromper o tratamento, salvo orientação expressa de um profissional;
Descarte correto de carcaças: animais mortos devem ser cremados, e jamais enterrados ou jogados no lixo comum, pois o fungo pode permanecer ativo no ambiente.
Atendimento
Em caso de suspeita de esporotricose, tanto em humanos quanto em animais, o recomendável é procurar imediatamente atendimento médico ou veterinário. Quanto mais cedo iniciado o tratamento, maiores são as chances de recuperação e menores os riscos de transmissão.
Fonte Portal Educadora
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