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Palmense João Evangelista de Jesus, o ‘seu Fua’, completa 117 anos

Nascido em 24 de junho de 1907, ele contou à Rádio Club vários episódios de seu mais de um século de vida.

Palmense João Evangelista de Jesus, o ‘seu Fua’, completa 117 anos
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O palmense João Evangelista de Jesus completa nesta segunda-feira, 24 de junho, 117 anos. No mês de março, ele foi tema de reportagem da Rádio Club de Palmas, onde mostrou que apesar de mais de um século de vida, a memória permanece afiada.

Ele contou um pouco do seu inicio de vida, do trabalho desde criança e também das suas descendências indígenas. Nascido em 24 de junho de 1907, “seu Fua”, como também é conhecido, cresceu na costa do Rio Iguaçu, hoje território do município de Coronel Domingos Soares.

Trabalhando desde criança na roça, lembra dos plantios de “feijão preto da vagem roxa” e do “feijão branco bico de ouro” conduzidos por seu pai. Na pequena propriedade, eram criados porcos e vacas, que forneciam a alimentação para a família

Um fato que lhe marcou foi quando viu um automóvel pela primeira vez. Ele não soube precisar o ano, mas ainda criança, lembra de ter visto o carro, que pertencia à ervateira Simão Ruas. Há registros, principalmente da década de 1920, de que a Simão Ruas & Companhia possuía sua matriz em Herval D’Oeste, com filial em Palmas, depósitos, casas e barbaquás, além de propriedades rurais, de onde era extraída a erva-mate.

Homem feito, após experiência em serrarias, voltou para a roça, trabalhando em empreitadas na limpeza de áreas e desdobre de palanques, principalmente de imbuia. Como ferramentas, apenas o machado e a foice.

Da sua família, conta que teve 13 irmãos, todos já falecidos. Descendente de indígenas, conta um fato até então pouco explorado, de que havia um território indígena na região do Iguaçu, hoje município de Coronel Domingos Soares. Lá viveram seus avós. Segundo seo João, uma de suas avós e seus tios, ainda crianças, foram capturados por “brancos”, sendo levados e criados por suas famílias.

Ele conta ainda algumas curiosidades da alimentação quando criança, por exemplo. A cultura sempre foi de “comidas pesadas”, como feijão, quirera, carne de porco, torresmo e broa de milho. Açúcar refinado e arroz, somente para as pessoas que estavam doentes, diz seo João. Atualmente, morando no bairro São José, ele diz que apesar do trabalho pesado de uma vida inteira, ainda conserva boa saúde, sempre acompanhado dos filhos e netos.

FONTE/CRÉDITOS: Portal RBJ
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