A partir desta Quarta-Feira (17), a comunidade sanjorgense passa a contar com um atendimento presencial da Polícia Civil, coordenado pela delegada Paula Caroline Wisniewski, responsável pela Comarca de São João. A medida marca um avanço significativo na aproximação da instituição com a população local, especialmente em situações de violência doméstica, abuso sexual e crimes que atingem grupos vulneráveis.
Atendimento descentralizado
O projeto é resultado de uma parceria entre a Polícia Civil, o município de São Jorge D’Oeste e a Polícia Militar. Os atendimentos acontecem no CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, das 9h às 17h, em datas previamente definidas. Para setembro, foram fixados os dias 17 e 30.
Segundo a delegada, o agendamento pode ser feito pelo WhatsApp da Delegacia de São João (46 3533-1479), para evitar filas e garantir melhor organização. Os casos prioritários são de pessoas em situação de vulnerabilidade, como vítimas de violência doméstica, idosos, pessoas com deficiência e famílias de baixa renda.
Registro de ocorrências e medidas protetivas
A iniciativa permitirá que moradores que antes enfrentavam dificuldades de deslocamento até São João possam registrar boletins de ocorrência, prestar oitivas e solicitar medidas protetivas de urgência. “Esse atendimento presencial é para justamente trazer a Polícia Civil para mais perto da comunidade, dando andamento às ocorrências que antes ficavam limitadas pelo fator logístico”, destacou a delegada Paula.
Ela reforça que, em situações de flagrante, a orientação continua sendo acionar imediatamente a Polícia Militar pelo 190. “O crime acontecendo agora deve ser comunicado à PM. Já as ocorrências passadas poderão ter o devido acompanhamento pela Polícia Civil aqui no município”, explicou.
Rede de proteção e enfrentamento à violência
Durante sua participação nos estúdios da Rádio RCS-FM, a delegada ressaltou a importância da rede de proteção existente na comarca, composta pela Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público, Conselho Tutelar, assistência social e escolas. Essa integração tem possibilitado avanços no combate à violência doméstica e na prevenção de crimes contra crianças e adolescentes.
Ela também alertou para a necessidade de apoio da comunidade: “O primeiro passo é sempre difícil, mas é o mais importante. A vítima precisa denunciar. A palavra dela tem especial relevância e a lei assegura sua proteção. A rede está pronta para acolher e dar suporte”.
Denúncias anônimas
Além do WhatsApp da Delegacia, a população pode utilizar o canal 181 – Disque Denúncia Anônima, que garante sigilo absoluto. Informações sobre tráfico de drogas, maus-tratos, violência doméstica e outros crimes podem ser repassadas tanto por esse canal quanto pelo site da Polícia Civil do Paraná.
Próximos passos
O atendimento em São Jorge D’Oeste será quinzenal, com novas datas sendo divulgadas mensalmente. O objetivo, segundo a delegada, é consolidar o projeto, ampliar a acessibilidade à Justiça e fortalecer a confiança da comunidade na Polícia Civil.
Por Elisiane Conter RCS-FM – A Voz de São Jorge D’Oeste
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