Evento percorreu comunidades rurais e reforçou identidade cultural do município
São Jorge D’Oeste (PR) recebeu, neste fim de semana, uma tropeada que reuniu mais de 160 cavalos e atraiu visitantes de diferentes cidades da região sudoeste. A atividade, organizada pela Cia Pé na Estrada, buscou resgatar o legado do tropeirismo e consolidar o evento como espaço de convivência cultural e comunitária.
A tropeada — termo que designa a condução de tropas de gado ou cavalos — foi prática comum entre os séculos XVII e XIX, quando comitivas percorriam até 3.000 quilômetros transportando mercadorias pelo interior do país. Hoje, o formato se transformou em cavalgadas que evocam a tradição e misturam fé, lazer e integração social.
Três dias de atividades
A programação começou na sexta-feira (29) com a acolhida dos participantes e um jantar de confraternização. No sábado pela manhã, os cavaleiros percorreram 15 quilômetros até a comunidade de Linha Tiradentes. À tarde, o grupo seguiu por mais 14 quilômetros, passando por Nossa Senhora dos Pobres e Linha Carmo.
O domingo marcou o encerramento da cavalgada, com 10 quilômetros percorridos até a Gruta de Nossa Senhora Aparecida, na comunidade de São Geraldo.
Integração comunitária
O evento terminou com um almoço que reuniu cerca de 270 pessoas, reforçando a dimensão comunitária da iniciativa. “Agradecemos a todos que colaboraram e participaram dessa festa que é de todos nós”, disse Valdecir de Barros, o “Cile”, presidente da Cia Pé na Estrada, que organizou a programação ao lado da esposa, Rose de Barros.
Além da participação expressiva dos moradores locais, o encontro contou com visitantes de São João, Pato Branco, Sulina, Itapejara D’Oeste, São Lourenço, Verê e Francisco Beltrão, o que reforçou o caráter regional da celebração.
Por Elisiane Conter
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